A mamoplastia de aumento é uma das cirurgias plásticas mais procuradas pelas mulheres que desejam ter mamas mais volumosas e harmoniosas com o corpo. A inserção de prótese de silicone, sem dúvidas, contribui muito para o aumento na autoestima feminina. Entretanto, embora as próteses mais modernas sejam muito mais resistentes, o receio de sua ruptura ainda causa certa ansiedade às mulheres que estavam planejando passar pelo procedimento.
Os Seios Femininos e a História
Ao longo da história, os Antiguidade
Na antiguidade, as mulheres gregas usavam vestes longas que eram amarradas abaixo dos peitos, os quais ficavam livres. No entanto, somente as escravas e as nobres tinham o direito de se vestir assim. No caso das primeiras, tal vestimenta denotava a exibição de um de seus mais poderosos dotes sexuais. Para as mulheres da nobreza, era uma forma de ostentar status, uma vez que os seios alimentavam os filhos de sua casta. Embora o faraó pudesse ter várias esposas, só uma poderia amamentar o filho — a mãe do herdeiro. Além disso, estas buscavam aproximar-se da imagem divina, pois tanto as deusas gregas como as romanas quase sempre apresentavam busto nu. Na idade média, os seios representavam o pecado; quanto mais as pessoas notaram que os seios atraíam o sexo oposto, mais passaram a escondê-los. Mulheres que ousavam desafiar a Igreja eram severamente punidas. Em 1683, o papa Inocêncio XI condenou à excomunhão as mulheres que fossem à igreja sem cobrir o colo, dos ombros ao pescoço. Esse foi o resultado da religiosidade muito forte da época: o culto ao corpo e a busca da beleza eram vistos como vaidade. Para serem consideradas belas, as mulheres deveriam seguir a figura da Virgem Maria. Assim, o ideal de beleza feminino da Idade Média pressupunha delicadeza: mãos, pernas e seios pequenos, lábios finos e delicados. Em suas raras representações na arte, os seios quase sempre apareciam ligados ao ato de amamentar, o único papel aceitável para os padrões da época. Já na atualidade, o padrão de beleza sofreu um processo de globalização e massificação, graças à velocidade com que as informações passaram a circular no mundo. Cada vez mais, o ideal físico feminino é ditado nas mídias sociais, e o culto aos seios é importante questão nessa busca. Eles são vistos como essência da feminilidade. Conforme estudo do Instituto de Pesquisas Ideafix, as mulheres brasileiras sonham com volumes maiores de mamas, uma vez que elas são não só a representação do feminino, em seu aspecto erótico e materno, como também fonte de excitação, uma importante zona erógena do corpo feminino. Ter seios fartos, bonitos, torna-se expressão de autonomia, de empoderamento, de autoconfiança, e também de que a mulher entende que satisfação e bem-estar são prioridades em sua vida. Quando os seios, que são um símbolo de feminilidade, não atendem a essa expectativa, a cirurgia plástica com implante de prótese de silicone surge como possibilidade. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), por ano, no Brasil, são realizadas, em média, 250 mil cirurgias de implante de silicone. O procedimento é o mais procurado pelas brasileiras e, normalmente, é uma das intervenções estéticas mais seguras no universo da cirurgia plástica. Entretanto, é desaconselhado em casos de doenças imunológicas (artrite reumatoide, esclerodermia, lúpus) ou doenças clínicas graves que possam contraindicar a sua execução. Já o histórico familiar de câncer de mama precisa ser avaliado individualmente e liberado pelo mastologista para a realização da cirurgia. Para a realização do implante de silicone nas mamas são necessários alguns pré-requisitos: – Apesar de não existir idade mínima para a cirurgia, se a paciente for jovem, o desenvolvimento das suas mamas deve estar completo. Pacientes jovens precisam ser liberadas pelo ginecologista e ter o apoio dos pais ou representantes legais; – A paciente deve ser emocionalmente madura e possuir um claro entendimento das razões que a motivaram a procurar pela cirurgia; – As expectativas devem ser realistas: o procedimento pode melhorar a sua aparência, mas não é capaz de atingir a perfeição. O tipo e formato da prótese de silicone, a técnica cirúrgica que será empregada, o local da incisão por onde será inserida a prótese nas mamas e como ficará a cicatriz serão esclarecidos em uma conversa cuidadosa entre médico e paciente. Para isso, é importante que a escolha do profissional seja criteriosa. O silicone usado atualmente no interior das próteses é diferente dos silicones empregados no passado. Por ser mais consistente que o antigo, no caso de eventual ruptura, ele não se espalhará pelo corpo, ficará contido pela cápsula que o próprio organismo cria para isolar a prótese, o que confere muita segurança em relação à saúde. As chances de uma prótese atual se romper espontaneamente ou com traumas é muito pequena, e, mesmo que ocorra, não há urgência em se fazer a troca do implante. Por este motivo o acompanhamento das pacientes com implante mamário se faz necessário. No entanto, algumas situações que fogem à normalidade podem realmente causar o rompimento da prótese. Este pode causar dor ou vir acompanhado de inchaço, deformação das mamas e hematomas. Entre os traumas, pode-se citar: 1. Acidentes automobilísticos: uma colisão, capotamento ou atropelamento em que a paciente sofra um impacto muito forte; 2. Pancadas muito fortes: para que o implante estoure, precisa ser algo fora do normal como quedas de alturas consideráveis; 3. Rompimento espontâneo: é raríssimo quando a paciente usa uma prótese vendida legalmente, certificada pela Anvisa e testada também pelo Inmetro.Idade Média
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