Uma dúvida bastante comum em pacientes é se, realmente, a cirurgia plástica no inverno é a melhor opção. Em geral, a escolha da data deve, necessariamente, ser decidida em conjunto com o médico que irá analisar os prós e contras das estações do ano. No Rio Grande do Sul, é comum que o inverno seja a época escolhida para fazer a cirurgia plástica por inúmeros motivos, entre eles uma melhor recuperação.
QUAIS AS VANTAGENS DE REALIZAR CIRURGIA PLÁSTICA NO INVERNO?
O diálogo com o cirurgião plástico que realizará o procedimento é normal. Ele esclarecerá todas as dúvidas do paciente sobre os pontos a serem avaliados no momento de decidir a data da cirurgia. Embora não exista uma época específica para isso, é natural que os meses de frio, ou de inverno, sejam frequentemente os escolhidos.
Em termos de recuperação, o inverno é uma boa época para fazer a cirurgia plástica. Em geral, os procedimentos cirúrgicos causam cicatrizes e inchaços nos locais onde foram realizados. Nesta estação, por ser mais fria, o edema (inchaço) pode ser menor, se comparado com dias mais quentes da primavera ou do verão. Isso é mais evidente para cirurgias como lipoaspiração, abdominoplastia ou cirurgias na face.
Além da recuperação ser mais tranquila nas cirurgias plásticas, após a realização do procedimento, não se deve expor o local operado ao sol por alguns meses. Entre os meses de junho e agosto, especificamente, a incidência dos raios solares é menor. O objetivo é preservar a cicatrização da incisão e não causar manchas.
OUTROS MOTIVOS PARA REALIZAR CIRURGIA PLÁSTICA NO INVERNO.
Outros fatores também são considerados quando se decide realizar cirurgia plástica no inverno. São eles:
- Uso da cinta elástica: inúmeras cirurgias plásticas, como a lipoaspiração e a abdominoplastia, requerem o uso de uma cinta elástica por mais de um mês, o que é bem mais tolerável em dias frios durante a recuperação.
- Inchaços, hematomas e desconfortos: estes sintomas tendem a ser menos desconfortáveis, já que durante o frio a dilatação dos vasos e a retenção de líquido é menor. Com o sol mais ameno, a cicatrização do procedimento é melhor e diminuem as chances de manchas na pele. Já o calor, entretanto, pode agravar o problema, principalmente em pacientes que tendem a reter líquidos.
- Férias escolares: julho é o mês em que, normalmente, ocorrem as férias escolares, o que permite que as pessoas possam programar a sua cirurgia plástica sem a preocupação com a escola dos filhos,por exemplo . Isso ajuda na recuperação correta, que envolve repouso e resguardo de esforço físico.
- Dê prioridade ao tempo de recuperação: organize sua rotina de forma que tenha tempo para a recuperação, sem a necessidade de voltar ao trabalho precocemente. As orientações sobre os cuidados pós-cirurgia plástica no inverno devem ser seguidos à risca, para não correr o risco de comprometer o resultado do procedimento.
CUIDADOS BÁSICOS APÓS A CIRURGIA PLÁSTICA NO INVERNO
- Não fumar por, pelo menos, 30 dias antes e depois da cirurgia plástica, pois dificulta a cicatrização e aumenta o risco de trombose e embolia pulmonar;
- Fazer os curativos conforme a instrução médica;
- Evitar exercícios, ginástica e movimentos que exijam força, porque as cicatrizes levam, pelo menos, 45 dias para estabilizar-se;
- Comparecer às consultas depois da cirurgia e informar o médico sobre sua condição. É preciso saber por quanto tempo você terá de fazer o acompanhamento periódico (esse prazo de acompanhamento médico pós-cirúrgico varia muito de acordo com o paciente e com a cirurgia);
- Evitar a exposição solar enquanto houver hematomas e esperar liberação médica;
- Ter uma alimentação saudável e equilibrada para ajudar a cicatrização;
- Beber muita água para evitar retenção e edemas (inchaço);
- Fazer sessões de drenagem linfática conforme indicado;
- Utilizar medicação conforme prescrito pelo cirurgião plástico.
No entanto, mais do que apenas realizar cirurgia plástica no inverno, há outro fator de maior importância na programação do procedimento que implica de forma mais contundente no resultado dela: procurar um especialista credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). É ela quem supervisiona sua formação.